terça-feira, 21 de abril de 2009

André, o show


Esse post já est´um tanto atrasado devido a correria dos últimos dias, mas não podia deixar de ser escrito. O show do André Chistovam em SJC foi, provavelmente, o melhor show do ano para mim... e tanto faz se ainda é abril! Além de todas as músicas do clássico álbum Mandinga, alguns covers e outras músicas mais recentes. Interação c/ a platéia o tempo todo e o resto da banda arepiando no palco.

Destaque especial para o novo tecladista Adriano Grineberg que, tendo acabado de se juntar ao grupo, demonstrava toda a empolgação com isso. O cara é um show a parte!

Mas o melhor, e é difícil acreditar que ainda tinha espaço p/ melhorar, foi após o show. Qdo eles voltaram para recolher os instrumentos tive a oportunidade de conversar com eles por um tempinho. Sempre muito simpático, o André foi desfiando histórias a respeito da gravação de diferentes discos, vida na estrada, guitarras. No fim ainda peguei autográfo de todos q estão participando da turnê de 20 anos no CD Mandinga (da primeira tiragem). Tudo bem q não são os mesmos, mas certamente me fizeram enxergar o disco de uma maneira completamente diferente.

O q eu posso dizer é q certamente foi uma noite inspirada para eles e de muita sorte p/ mim. Valeu a todos!!!!

E com isso chegamos ao próximo verso dessa música: a humildade com q omos tratados por alguém q para mim é quase um mito, um músico q venho ouvindo em suas mais diferentes gravações a quase 20 anos.

PS: a foto é na verdade uma caricatura tirada do site dele (http://www.andrechristovam.com.br/)

segunda-feira, 6 de abril de 2009

André Christovam


Existem alguns shows que eu perdi na minha vida. Nas primeiras vindas do Living Colour ao Brasil eu acabei não indo. , Era muito novo, muito longe e muito caro. A banda acabou e eu fiquei com a sensação de que uma porta se fechara. Com a volta da banda consegui assistir a dois shows até agora. Se vierem de novo, vou outra vez. O mesmo aconteceu com o Extreme e, para minha sorte a banda está de volta, agora é só uma questão de tempo.

O show do André não deveria ser assim, mas foi... Tem uns 18 anos vieram p/ SJC o Blues Etílicos e o André Christovam. Eu já fã do som do André, e com os dois primeiros cds dele, pensei. Esse eu já conheço, vou no Blues Etílicos que eu não conheço (de novo, muito novo, muito longe, muito caro; só podia ir a um), daqui a pouco ele volta. O Blues Etílicos foi um show fantástico e depois já fui a mais uns quatro ou cinco shows deles, mas mesmo assim uma porta se fechou. Desde então nunca deu certo de ir a um show do André.

Ano passado na virada cultural de SP a maré começou a virar. Ele tocou de manhã muito cedo, mas como eu fui "p/ virar" assisti. Meia horinha e talz, mas fiquei na instiga. Qdo então no fim de março descubro q ele está voltando p/ SJC. Turnê de aniversário de lançamento do primeiro disco q tenho desde aquela época, o encarte de papel amarelado e o som sempre comigo.
Assim que apareceu no site do SESC, fiquei sabendo antes pelo site dele, corri p/ comprar os ingressos. São poucos e lugar marcado. Não estavam a venda ainda . No dia seguinte mais uma tentativa, e dessa vez colou. A primeira fila é quase toda minha e dos meus amigos. Alguns eu apresentei o músico a muitos anos nos meus discos, outros eu convenci a irem comigo p/ conhecerem sua música, mas todos de cara para o palco. Dessa vez eu acho q vou conseguir.

Qqr coisa q se crie tem um pouco de tudo q se ouviu antes. Isso, e mais um tanto de personalidade farão a música soar certa. As influências que alguém junta ao ouvir as mais diversas músicas... esse deve ser o segundo verso dessa música instrumental.

MANDINGA REVISTO - 20 ANOS
SESC SJC
Dia 11/Abr/2009
21:00
"
Um show com a integra do meu primeiro disco lançado em Maio de 1989.
Nosso novo parceiro de estrada, nessa volta ao passado,
é o pianista Adriano Grineberg cujo pedigree não caberia nesse espaço!"

http://www.andrechristovam.com.br
126 Lugares. Auditório.

domingo, 5 de abril de 2009

A onda perfeita...


Uma vez eu tive uma banda, e depois de muito tempo nunca mais consegui ter outra. Naquela banda, éramos três amigos tocando, depois eu trouxe mais uma amiga para se juntar a nós. Todos tínhamos o mesmo objetivo (se divertir!) e ninguém tinha como objetivo viver de música. Gostávamos de uma grande qtde de músicas em comum. E já no primeiro ensaio (meio que um teste para que eu entrasse no duo que tinha vindo da Univerisidade sem o baixista, a dinâmica já estava acertada. Um de nós puxava uma música e os outros seguiam. Se a Jam funcionasse, essa música estava na lista para a próxima semana, mas dessa vez com a gente tendo estudado ela por uma semana. Acho que essa primeira fui eu com My girl, que depois evoluiu para ser uma das melhores do repertório, para mim. Conversávamos abertamente sobre a entrada ou saída das músicas no repertório e sobre as limitações ao tocar. O objetivo era fazermos o som mais divertido possível. E para mim, ainda tinha algo mais, eu estava em uma das bandas que eu sempre ia assistir enquanto estava estudando.

Foram alguns ensaios abertos e dois "shows" maiores para os amigos. Pouco mais de 100 pessoas apareceram em cada um deles. Lembro de cada minuto dessas apresentações, lembro de cada comentário depois. Lembro principalmente de quando um olhava para o outro durante a música e parecia que estávamos fazendo algo realmente especial ou que sem combinar, todos entendíamos só com o olhar que alguém ia ugir do script e se preparava para "pular" junto. Lembro dos principais detalhes da execução dessas músicas que faziam com que tudo soasse melhor que uma banda cover. Uma personalidade e uma força incomum naquele instante. A junção de diferentes músicas, as versões irreconhecíveis, as invenções e até alguma coisa nossa...

Nessa banda, como na "onda perfeita", todos os elementos se alinharam. Tudo que eu esperava da experiência de tocar em uma banda estava lá, já na primeira chance. E depois do fim nunca mais entrei em outra banda, ou montei outra banda que fosse.

Esses dias apareceu a oportunidade de que eu entrasse em outra banda. A posição que eu deveria ocupar me parece meio acima da minha capacidade, mas eu sei que com alguma dedicação eu poderia fazê-lo. Quando eu paro e leio o que acabo de escrever eu me sinto meio covarde, mas na verdade o meu medo maior não é de não dar conta, mas de não encontrar dessa vez o que dei sorte de encontrar já de primeira.

Esse deve ser o primeiro verso de uma música instrumental: o medo de não sei bem o que. Ele pode ser injustificado, mas sei que ele está lá... E ainda vou descobrir como enfrentá-lo.