quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Pensamentos a respeito das manifestações a respeito da doença do ex-presidente.

Esse texto não pertence realmente ao Blog, apesar disso, não quero vê-lo se perder no tumulto q é uma timeline do FB. Por isso aí vai:


Queria discutir brevemente a respeito de todo esse "fuá" a respeito de uma notícia triste. Sim pq, apesar de não gostar do estilo do ex-presidente, seu tráfico de influência e política do "eu não sabia", essa é uma doença séria e terrível que já me levou algumas pessoas próximas, que não permitiu que eu conhecesse meu avô. Qual o ponto real em se debater levar essa pessoa que tem condição econômica e principalmente, paga mensalmente um plano de saúde particular, a se tratar no SUS. Caso o fizesse, para mim seria uma demonstração inenarrável de demagogia rasteira por diversos motivos. 

Em primeiro lugar pq não é necessariamente castigo ir p/ o SUS. O presidente americano corre o sério risco de não ser reeleito por tentar criar um SUS, que é algo que temos a tanto tempo. Países q acabaram com a saúde privada como o Canadá tem sérios problemas no tratamento de doenças mais graves tendo vários de seus pacientes saindo do país. Amigos meus, mais ajuizados, que se mudaram para o Canadá, mantiveram seus planos de saúde no Brasil e dizem pretender vir se tratar aqui caso suspeitem de algo mais complexo além de aproveitarem férias no país para consultarem os médicos da sua preferência.

Segundo ele não precisa. Paga mensalmente um plano de saúde particular justamente para ter opções.

Terceiro, o SUS não tem atendimento precário em toda a sua rede. Possui centros de excelência onde, apesar de difícil conseguir uma vaga, não seria um problema fazê-lo para tal autoridade.

Quarto argumento e o mais definitivo para mim. Como experimento seria contraproducente. Ele não tiraria a vaga de uma pessoa que realmente precisa desse atendimento gratuito, mas de muitos. Todo um aparato teria de ser desenvolvido, um hospital que não tem estrutura para receber a cobertura da imprensa ou "ataques" de fãs e curiosos teria de ser adaptado para conseguir receber o presidente com segurança, e isso seria feito sem problemas e a um custo enorme.

Desejo sinceramente que nunca mais volte a vida pública pois, a meu ver, já causou estragos demais, mas desejo um pronto restabelecimento, com acesso a todos os recursos que lhe forem possíveis para lutar contra essa doença terrível.

Sucesso na batalha!

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Bud x Heineken

E no começo essa briga não era minha... a muito tempo atrás, eu simplesmente não tomava cerveja. Até preferia uma delas, mas na verdade eu preferia outras bebidas.

Então veio a Universidade. Anos de carteira vazia, e bebidas baratas. Acabei me distanciando de ambas, mas no fundo peguei gosto pela tal de cerveja (mesmo que as marcas mais mundanas e cotidianas para o brasileiro médio). Esse foi um passo importante na direção desse post.

Muitos anos se passaram, e continuei tomando cerveja, dessa vez como a bebida mais frequente no meu dia a dia, e sempre procurando por novas e melhores marcas. Processos diferentes de produção, um paladar mais encorpado.

Recentemente a Heineken decidiu investir no mercado brasileiro, o que é excelente para mim, que sou grande fã da marca. Trouxe executivos europeus, acentuou sua participação nas redes sociais, trouxe lançamentos como embalagens limitadas para colecionadores e... a melhor cerveja possível! Tempo e cuidado no processamento diferenciados, matérias primas selecionadas. Paladar inigualável no mercado a que se destina (não artesenal). Ponto para ela!!!

E então vieram dois fatores, o marketing e a concorrência.

O marketing: apesar de executivos e embalagens, a Heineken se meteu no ramo do patrocínio de grandes eventos. Vou trazer como exemplo o Rock in Rio recente. Não ouvi elogios nem reclamações específicas a respeito da marca. No entanto, o festival ficou marcado pelo caos no atendimento ao consumidor. No início já foi suspensa a proibição de se entrar com alimentos devido a dificuldade e as longas filas. Não posso deixar de imaginar que a marca tenha acabado se "enrolando" em tudo isso.

A concorrência: ainda mais recentemente a Budweiser foi trazida pela Ambev para o país, a fim de concorrer diretamente com a Heineken. Sendo uma cerveja de qualidade notoriamente inferior, processada na metade do tempo, com matérias primas inferiores (40% segundo a embalagem) e com 3 concorrentes de qualidade semelhante no país, todos do seu próprio fabricante. Para tal feito, conta com a força da marca tradicional, uma cadeia de distribuição imbatível no país, mas principalmente com o marketing a fim de buscar o posicionamento desejado pela marca no mercado. Tudo isso leva ao ponto onde eu queria chegar: patrocinando a turnê do Eric Clapton no país, fui ao show de SP, temos, que a qualquer momento do show era possível conseguir em poucos minutos uma Budweiser gelada, perfeita. Sem perder o show, sem se distrair... pura diversão! Tudo funcionou, logística perfeita, atendimento impecável. Ponto para eles, por mais que odeie conceder esse "empate".

E agora, será que a Heineken está pronta para "dar o troco" no SWU que se aproxima?
Ainda não é certeza se vou conseguir conferir pessoalmente, mas certamente estou curioso por notícias.

Procurar entender o que está por trás do óbvio, e conceder que aqueles por quem vc torce tb "pisa na bola" são outros versos dessa música instrumental.

PS: o autor torce honestamente para q vença o melhor, e é óbvio quem é esse não é? =D

PS2: A foto não é de nehuma das duas, mas de uma das cervejas mais perfeitas que eu já tomei. E, dessa vez, nem ingredientes / processos, nem marketing, pesaram na minha percepção.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Para diferentes públicos...

Estive recentemente em dois shows, com propostas completamente diferentes, que me mostraram uma diferença grande de comportamento do público atual.  Já faz alguns anos que vou sozinho a shows com grande freqüência.  Muitos amigos defendem que preferem ver de casa, esperar sair o DVD / Blu-Ray ou acessar o vídeo no “You Tube” postado por alguém que tenha ido.  Acredito que nada substitui a sensação de sair de casa, estar lá, vibrar com as músicas favoritas ou se surpreender com músicas novas, desconhecidas e covers.

Mas, voltando aos shows que eu mencionei... No primeiro semestre assisti ao mega-espetáculo apresentado pelo U2 com seu palco ultramoderno agindo como um quinto integrante da banda, e carregando boa parte da apresentação.  Esse tipo de apresentação tem seu valor e foi algo inesquecível, mas tudo é ensaiado, planejado e medido exaustivamente.  Além disso, apesar de não ser uma banda “nova”, renovou seu público e boa parte dos presentes era jovem demais para lembrar-se de um U2 mais espontâneo e mais “Rock”.  Como explicar então pagar mil reais para sentar “dentro do palco”.  Ver pontes se estenderem sobre suas cabeças com os músicos passando, literalmente a poucos metros das pessoas e essas pessoas assistirem todo o show pelos visores da câmera, como pode ser percebido por quem estava mais longe.  Qual o objetivo?  Existe um Blu-Ray, gravado com dezenas de câmeras c/ qualidade cristalina da mesma turnê.  O que será que alguém que fez isso responde na manhã seguinte quando os amigos perguntam como foi o show?  Ainda não vi a gravação?

Muito menos pretensioso, e tento não dizer isso de uma maneira pejorativa, a banda Os Mulheres Negras se reuniu, como fazem esporadicamente, para uma apresentação no SESC SJC (sempre eles, bom trabalho!!!).  Foram disponibilizados 800 ingressos, e vendidos talvez metade, a preços módicos. 
Essa é uma banda que marcou uma geração.  Pato Fu é freqüentemente colocado como inspirado nos Mutantes, mas vejo muito do “Mulheres” neles.  Música experimental, corajosa, baseada fortemente na eletrônica e samplers sem comprometer a qualidade / criatividade.  Não é mais possível encontrar nem os CDs deles (valia o relançamento, não valia Warner?), muito menos um DVD com o show.  E olha que esse DVD venderia bem. Eis que os dois músicos entram no palco. Banda boa de palco, Maurício contando histórias enquanto André grava bases na hora, na frente do público.  Uma foto espocava, lá na frente outra, mas poucas e discretas.  Os melhores registros desse show foram tirados pelo próprio Abujamra e postados em seu Twitter via instagram em tempo real(outras postadas pós show, de onde tirei a imagem que ilustra esse post).  Alguns se arriscam a filmar sua participação no Rotoscópio (apesar dos “riscos” inerentes alertados pelo Maurício).  Mas foi isso; um show para habitar a memória dos que foram e não algum link perdido do You Tube...
Cada um que queime seu dinheiro como quiser e assista ao show como desejar.  Alguns que pagaram R$1K no U2 nem gostam tanto assim da banda, mas tinham que estar presentes no “evento”.  Ainda prefiro acordar de manhã e saber o que dizer quando me perguntam como foi o show.  Alguns dos meus amigos preferem entrar no You Tube 3 dias depois e procurar o que postaram.

Em qualquer desses shows presto atenção em técnicas, decisões para o setlist e lembro-me da época em que eu tocava em uma banda com os amigos.  Isso que aprendo e as lembranças que eu trago são versos fundamentais dessa vida instrumental...

PS: Escolhi esses dois, mas poderiam ter sido McCartney e Joe Lally (Fugazi) que tocou em São José semana passada para, acho, 40 pessoas aproximadamente e arrebentou!!!

sábado, 19 de março de 2011

Ashes on Ashes

Ashes on Ashes (Rodrigo Fernandes)

Even knowing that, nothing lasts forever
We still build over ashes, the ashes of tomorrow.
I don’t wanna see tomorrow come and take away
the reason of my life, all of you.

Remember past, remember faces
I can’t see your traces, I forgot.
Ashes on ashes time destroys wherever it passes we’re just its toys.
I see you goin’ and, see I am fallin’
I lost it all in a heartbeat.

Chorus

I already miss you for a future that will come and go on, and on, aqnd on and on…
I’ll miss you all, but, will not see you anymore in my life.
That’s the only reason I wanna take this moment to say, goodbye, my friends, goodbye.



Escrevi essa música em 95 durante o estágio do curso técnico. Depois de uma adolescência complicada pela timidez, tinha me encontrado nessa época e estava feliz. Com a proximidade da formatura, via que ia “perder” a turma com a qual eu me dava tão bem e ir embora cursar a Universidade em outro lugar, com outras pessoas. O ponto é; eu teria que começar do zero a construir novas amizades p/ na próxima formatura todos se espalharem de novo.  Estranhamente na Universidade, apesar da timidez não ser mais um problema, não consegui o mesmo nível de integração com meus colegas.  Até hj meus amigos mais próximos são do ínicio da década de 90 e não do final.
Falo nessa música da angústia desse período de estudos onde vc cria amizades que parecem para sempre e volta a estaca zero outra vez.  E depois que percebe como funciona, a certeza da derrota antes do início.
Esse medo foi determinante no meu comprotamento e vencê-lo se mostrou fundamental em períodos posteriores da minha vida.  Essa música retrata as percepções de um jovem com relação a essa incerteza.  Mais um dos versos que escrevem essa vida instrumental...