quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Bud x Heineken

E no começo essa briga não era minha... a muito tempo atrás, eu simplesmente não tomava cerveja. Até preferia uma delas, mas na verdade eu preferia outras bebidas.

Então veio a Universidade. Anos de carteira vazia, e bebidas baratas. Acabei me distanciando de ambas, mas no fundo peguei gosto pela tal de cerveja (mesmo que as marcas mais mundanas e cotidianas para o brasileiro médio). Esse foi um passo importante na direção desse post.

Muitos anos se passaram, e continuei tomando cerveja, dessa vez como a bebida mais frequente no meu dia a dia, e sempre procurando por novas e melhores marcas. Processos diferentes de produção, um paladar mais encorpado.

Recentemente a Heineken decidiu investir no mercado brasileiro, o que é excelente para mim, que sou grande fã da marca. Trouxe executivos europeus, acentuou sua participação nas redes sociais, trouxe lançamentos como embalagens limitadas para colecionadores e... a melhor cerveja possível! Tempo e cuidado no processamento diferenciados, matérias primas selecionadas. Paladar inigualável no mercado a que se destina (não artesenal). Ponto para ela!!!

E então vieram dois fatores, o marketing e a concorrência.

O marketing: apesar de executivos e embalagens, a Heineken se meteu no ramo do patrocínio de grandes eventos. Vou trazer como exemplo o Rock in Rio recente. Não ouvi elogios nem reclamações específicas a respeito da marca. No entanto, o festival ficou marcado pelo caos no atendimento ao consumidor. No início já foi suspensa a proibição de se entrar com alimentos devido a dificuldade e as longas filas. Não posso deixar de imaginar que a marca tenha acabado se "enrolando" em tudo isso.

A concorrência: ainda mais recentemente a Budweiser foi trazida pela Ambev para o país, a fim de concorrer diretamente com a Heineken. Sendo uma cerveja de qualidade notoriamente inferior, processada na metade do tempo, com matérias primas inferiores (40% segundo a embalagem) e com 3 concorrentes de qualidade semelhante no país, todos do seu próprio fabricante. Para tal feito, conta com a força da marca tradicional, uma cadeia de distribuição imbatível no país, mas principalmente com o marketing a fim de buscar o posicionamento desejado pela marca no mercado. Tudo isso leva ao ponto onde eu queria chegar: patrocinando a turnê do Eric Clapton no país, fui ao show de SP, temos, que a qualquer momento do show era possível conseguir em poucos minutos uma Budweiser gelada, perfeita. Sem perder o show, sem se distrair... pura diversão! Tudo funcionou, logística perfeita, atendimento impecável. Ponto para eles, por mais que odeie conceder esse "empate".

E agora, será que a Heineken está pronta para "dar o troco" no SWU que se aproxima?
Ainda não é certeza se vou conseguir conferir pessoalmente, mas certamente estou curioso por notícias.

Procurar entender o que está por trás do óbvio, e conceder que aqueles por quem vc torce tb "pisa na bola" são outros versos dessa música instrumental.

PS: o autor torce honestamente para q vença o melhor, e é óbvio quem é esse não é? =D

PS2: A foto não é de nehuma das duas, mas de uma das cervejas mais perfeitas que eu já tomei. E, dessa vez, nem ingredientes / processos, nem marketing, pesaram na minha percepção.

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