quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Did it All - Demo (Vídeo)

Vídeo gravado ontem e postado no You Tube!!!
Qual será a próxima a ser gravada?

http://www.youtube.com/watch?v=wFuEb5hq19Q

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Glory Days


Aproveitando as férias para botar a leitura em dia. Comecei e estou quase acabando o livro 31 Songs do Nick Hornby. Nele Hornby fala de canções que marcaram de alguma forma a sua vida pelos mais diferentes motivos. A primeira música mencionada é justamente uma do Bruce Springsteen (Thunder Road), que escreveu também uma música que me marcou desde cedo. Claro que não é a mesma música, mas...

Desde a adolescência a música que melhor definiu minhas motivações para tudo foi Glory Days, também do "The Boss". Naquela época, e já se vão quase vinte anos, lembro de que parecia um medo de envelhecer simplesmente. Recentemente acho que venho entendendo cada vez melhor minha relação com essa música.

Pq essa música ainda me inspira se não é o medo de amadurecer ou envelhecer? Afinal, casei, um filho não é uma idéia imaterial e distante, emprego de considerável responsabilidade, especializações... Hoje prefiro os confortos que meu esforço pode me proporcionar as aventuras sem grandes confortos de antes.

O que descobri é que não é o medo de envelhecer, mas de depender da juventude no processo. Apesar de tudo que conquistei, ainda vou aos shows das minhas bandas favoritas, viro a noite na rua durante a "Virada Cultural", vivo minhas histórias de hoje com a mesma intensidade que conto as histórias do passado.

Alguns amigos me dizem que faço isso por ainda não ter filhos... mas eles se parecem muito com os que diziam que era pq eu não era casado, pq eu ainda não tinha 25, ou ainda não tinha 20...

Hj me orgulho do passado como vivo meu presente e planejo meu futuro. Não chamaria isso de "Síndrome de Peter Pan" ou medo de crescer, mas sim de um equilíbrio que eu procurei desde cedo e me levou todo esse tempo para entender. Esse equilíbrio é mais um verso dessa música instrumental.

Para quem não conhece a música aí vai a letra e o link para o vídeo:

http://www.youtube.com/watch?v=oOpIfbneeHg

Bruce Springsteen — Glory Days lyrics

I had a friend was a big baseball player
Back in high school
He could throw that speedball by you
Make you look like a fool boy
Saw him the other night at this roadside bar
I was walking in, he was walking out
We went back inside sat down had a few drinks
But all he kept talking about was

Chorus:
Glory days well they'll pass you by
Glory days in the wink of a young girl's eye
Glory days, glory days

Well there's a girl that lives up the block
Back in school she could turn all the boy's heads
Sometimes on a friday i'll stop by
And have a few drinks after she put her kids to bed
Her and her husband bobby well they split up
I guess it's two years gone by now
We just sit around talking about the old times,
She says when she feels like crying
She starts laughing thinking about

Chorus

My old man worked 20 years on the line
And they let him go
Now everywhere he goes out looking for work
They just tell him that he's too old
I was 9 nine years old and he was working at the
Metuchen ford plant assembly line
Now he just sits on a stool down at the legion hall
But i can tell what's on his mind

Glory days yeah goin back
Glory days
aw he ain't never had
Glory days, glory days

Now i think i'm going down to the well tonight
And i'm going to drink till i get my fill
And i hope when i get old i don't sit around thinking about it
But i probably will
Yeah, just sitting back trying to recapture
A little of the glory of, well time slips away
And leaves you with nothing mister but
Boring stories of glory days

Chorus (repeat twice)

sábado, 12 de setembro de 2009

Did It All


Hj de manhã aconteceu algo que a muito tempo não acontecia... Eu escrevi uma música! Eu não estava pensando nela ou remoendo algum trecho como as vezes acontece, ela simplesmente veio. Em dez minutos eu tinha uma letra praticamente finalizada para um "Twelve Bar Blues" com uma tremenda cara de "das antigas". É bem verdade que estou praticamente acabando um livro sobre a história do Blues (com muita ênfase no início do Século XX) e tenho ouvido muito blues ultimamente (ao vivo, em disco e MP3), mas mesmo assim soou tudo muito estranhamente natural.

A outra coisa estranha é como ela "soou" para mim de início. Falando sobre a música, para outra pessoa, eu falei que era sobre a minha morte... o q é um pouco chocante. Na verdade percebi depois q não é. Pensando mais um pouco, ela não fala da minha morte, mas nela eu já morri. Fala da minha vida e como eu acredito q eu a veria se fosse o fim. Tá... não é exatamente muito mais alegre, mas é bem melhor do q sobre a minha morte. E como fala sobre a minha vida e como a vejo, seu primeiro draft virou o "about me" no orkut.

Talvez depois eu coloque o vídeo disponível para assistir, mas ainda falta um tanto de trabalho (licks e solos e variações)...

Did it all


Burn my body by the highway;

And don’t cry for me when I am gone;

I’ve been around for quite a while;

Done loads of stuff and more.


Burn my body by the highway;

And don’t cry for me because I’m gone;

I played and danced and cried a little (sometimes);

I’ve been happy and sad and all…


Burn my body and scatter th’ ashes;

Where I just cannot be found;

What I left are not these ashes;

I left what I learned, taught and felt.


I played and danced and done a lot;

I learnt and taught and felt so much;

Maybe I’ve done more than I could;

But maybe I could’ve done a little more.


After all is said and done;

Burn my body, my life is done;

Maybe I just did it all (that I could) ;

Maybe I’ve changed someone’s view (of life).


Maybe I’ve changed someone’s life…

terça-feira, 5 de maio de 2009

Empadão de Camarão


Semana passada estive de férias em Brasília e muito me aconteceu. No entanto, provavelemente o mais surpreendente foi o empadão de camarão que virou de frango. Essa não é fácil mas eu explico.

Meu pai, falecido no ano passado, fazia um famoso empadão de camarão. O prato era muito requisitado em praticamente todas as ocasiões. Apesar de ter me apropriado de diversas receitas dele ao longo dos anos, e ter alterado diversas delas para desespero dele, o empadão eu nunca aprendi. Nem a massa, nem o recheio...

Nessa ida a BSB, não só fui surpreendido pelo empadão na casa do meu primo (de uma massa q tinha ficado congelada, ainda preparada pelo meu Pai), como também pela receita.

O primeiro veio na forma do empadão com a massa original, mas c/ recheio de frango feito pelo Dan, o q foi uma inesperada surpresa. O segundo veio na forma de um livro que minha tia me deu nesse mesmo dia.

Em uma das crônicas de "Pepino e Farofa", com muita sutileza e graça encontrei a receita em uma crônica divertida. Estou programando o primeiro teste da receita p/ breve e só posso agradecer ao autor Roberto Klotz pela homenagem e pela oportunidade de poder preparar a receita que julguei perdida.

Na sequência devo fazer uma nova tentativa com pequenas variações na receita (para desespero do Velho onde quer que ele estiver).

Mais um verso q se vai, a saudade sem impedir a inovação...

Imagem do livro retirada de: http://robertoklotz.blogspot.com/

terça-feira, 21 de abril de 2009

André, o show


Esse post já est´um tanto atrasado devido a correria dos últimos dias, mas não podia deixar de ser escrito. O show do André Chistovam em SJC foi, provavelmente, o melhor show do ano para mim... e tanto faz se ainda é abril! Além de todas as músicas do clássico álbum Mandinga, alguns covers e outras músicas mais recentes. Interação c/ a platéia o tempo todo e o resto da banda arepiando no palco.

Destaque especial para o novo tecladista Adriano Grineberg que, tendo acabado de se juntar ao grupo, demonstrava toda a empolgação com isso. O cara é um show a parte!

Mas o melhor, e é difícil acreditar que ainda tinha espaço p/ melhorar, foi após o show. Qdo eles voltaram para recolher os instrumentos tive a oportunidade de conversar com eles por um tempinho. Sempre muito simpático, o André foi desfiando histórias a respeito da gravação de diferentes discos, vida na estrada, guitarras. No fim ainda peguei autográfo de todos q estão participando da turnê de 20 anos no CD Mandinga (da primeira tiragem). Tudo bem q não são os mesmos, mas certamente me fizeram enxergar o disco de uma maneira completamente diferente.

O q eu posso dizer é q certamente foi uma noite inspirada para eles e de muita sorte p/ mim. Valeu a todos!!!!

E com isso chegamos ao próximo verso dessa música: a humildade com q omos tratados por alguém q para mim é quase um mito, um músico q venho ouvindo em suas mais diferentes gravações a quase 20 anos.

PS: a foto é na verdade uma caricatura tirada do site dele (http://www.andrechristovam.com.br/)

segunda-feira, 6 de abril de 2009

André Christovam


Existem alguns shows que eu perdi na minha vida. Nas primeiras vindas do Living Colour ao Brasil eu acabei não indo. , Era muito novo, muito longe e muito caro. A banda acabou e eu fiquei com a sensação de que uma porta se fechara. Com a volta da banda consegui assistir a dois shows até agora. Se vierem de novo, vou outra vez. O mesmo aconteceu com o Extreme e, para minha sorte a banda está de volta, agora é só uma questão de tempo.

O show do André não deveria ser assim, mas foi... Tem uns 18 anos vieram p/ SJC o Blues Etílicos e o André Christovam. Eu já fã do som do André, e com os dois primeiros cds dele, pensei. Esse eu já conheço, vou no Blues Etílicos que eu não conheço (de novo, muito novo, muito longe, muito caro; só podia ir a um), daqui a pouco ele volta. O Blues Etílicos foi um show fantástico e depois já fui a mais uns quatro ou cinco shows deles, mas mesmo assim uma porta se fechou. Desde então nunca deu certo de ir a um show do André.

Ano passado na virada cultural de SP a maré começou a virar. Ele tocou de manhã muito cedo, mas como eu fui "p/ virar" assisti. Meia horinha e talz, mas fiquei na instiga. Qdo então no fim de março descubro q ele está voltando p/ SJC. Turnê de aniversário de lançamento do primeiro disco q tenho desde aquela época, o encarte de papel amarelado e o som sempre comigo.
Assim que apareceu no site do SESC, fiquei sabendo antes pelo site dele, corri p/ comprar os ingressos. São poucos e lugar marcado. Não estavam a venda ainda . No dia seguinte mais uma tentativa, e dessa vez colou. A primeira fila é quase toda minha e dos meus amigos. Alguns eu apresentei o músico a muitos anos nos meus discos, outros eu convenci a irem comigo p/ conhecerem sua música, mas todos de cara para o palco. Dessa vez eu acho q vou conseguir.

Qqr coisa q se crie tem um pouco de tudo q se ouviu antes. Isso, e mais um tanto de personalidade farão a música soar certa. As influências que alguém junta ao ouvir as mais diversas músicas... esse deve ser o segundo verso dessa música instrumental.

MANDINGA REVISTO - 20 ANOS
SESC SJC
Dia 11/Abr/2009
21:00
"
Um show com a integra do meu primeiro disco lançado em Maio de 1989.
Nosso novo parceiro de estrada, nessa volta ao passado,
é o pianista Adriano Grineberg cujo pedigree não caberia nesse espaço!"

http://www.andrechristovam.com.br
126 Lugares. Auditório.

domingo, 5 de abril de 2009

A onda perfeita...


Uma vez eu tive uma banda, e depois de muito tempo nunca mais consegui ter outra. Naquela banda, éramos três amigos tocando, depois eu trouxe mais uma amiga para se juntar a nós. Todos tínhamos o mesmo objetivo (se divertir!) e ninguém tinha como objetivo viver de música. Gostávamos de uma grande qtde de músicas em comum. E já no primeiro ensaio (meio que um teste para que eu entrasse no duo que tinha vindo da Univerisidade sem o baixista, a dinâmica já estava acertada. Um de nós puxava uma música e os outros seguiam. Se a Jam funcionasse, essa música estava na lista para a próxima semana, mas dessa vez com a gente tendo estudado ela por uma semana. Acho que essa primeira fui eu com My girl, que depois evoluiu para ser uma das melhores do repertório, para mim. Conversávamos abertamente sobre a entrada ou saída das músicas no repertório e sobre as limitações ao tocar. O objetivo era fazermos o som mais divertido possível. E para mim, ainda tinha algo mais, eu estava em uma das bandas que eu sempre ia assistir enquanto estava estudando.

Foram alguns ensaios abertos e dois "shows" maiores para os amigos. Pouco mais de 100 pessoas apareceram em cada um deles. Lembro de cada minuto dessas apresentações, lembro de cada comentário depois. Lembro principalmente de quando um olhava para o outro durante a música e parecia que estávamos fazendo algo realmente especial ou que sem combinar, todos entendíamos só com o olhar que alguém ia ugir do script e se preparava para "pular" junto. Lembro dos principais detalhes da execução dessas músicas que faziam com que tudo soasse melhor que uma banda cover. Uma personalidade e uma força incomum naquele instante. A junção de diferentes músicas, as versões irreconhecíveis, as invenções e até alguma coisa nossa...

Nessa banda, como na "onda perfeita", todos os elementos se alinharam. Tudo que eu esperava da experiência de tocar em uma banda estava lá, já na primeira chance. E depois do fim nunca mais entrei em outra banda, ou montei outra banda que fosse.

Esses dias apareceu a oportunidade de que eu entrasse em outra banda. A posição que eu deveria ocupar me parece meio acima da minha capacidade, mas eu sei que com alguma dedicação eu poderia fazê-lo. Quando eu paro e leio o que acabo de escrever eu me sinto meio covarde, mas na verdade o meu medo maior não é de não dar conta, mas de não encontrar dessa vez o que dei sorte de encontrar já de primeira.

Esse deve ser o primeiro verso de uma música instrumental: o medo de não sei bem o que. Ele pode ser injustificado, mas sei que ele está lá... E ainda vou descobrir como enfrentá-lo.